Retângulo de cantos arredondados: PÁGINA INICIALETE “LAURO GOMES”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ETE “LAURO GOMES”:

UMA HISTÓRIA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ETE “LAURO GOMES” : UMA HISTÓRIA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Profª: Elisabete da Cunha Kubilius

Língua e Literatura

Ensino Médio – Manhã

 

São Bernardo do Campo

 

 

2006

 

 - Componentes de “ ETE ´Lauro Gomes` : Uma História” :

 

 

Antonio Carlos Ferrete Junior                               1ºB

Archimedes Paro da Silva                                     1ºA

Bruno Ipólito de Barros                                           1ºD

Caio Cabral da Silva                                              1ºB

Danilo Ananias dos Santos                                   1ºB

Elvis Jonas Ferrareis                                              1ºD

Fabiana Torres Silva                                              1ºC

Fábio Moreira Meira                                               1ºA

Fábio Naoto Majima                                               1ºA

Gustavo Nascimento Souza                                  1ºB

Gustavo de Paula Ramalho                                   1ºD

Henrique Marassato Campos                               1ºD

Isaac Licar Reis                                                      1ºA

Jordan Michel                                                          1ºD

Luciano Monegatto Baldicerotti                            1ºA

Maikon Fernandes Maris                                       1ºD

Mateus Arisa de Moraes                                        1ºD

Paulo Dorceli Pio de Oliveira                                1ºD

Rafael DiLena da Costa                                        1ºB

Rafael Nunes de Oliveira                                       1ºD

Rafael Nunes de Souza                                          1ºB

Rodrigo Andrade Leal                                            1ºD

Thiago Santos Silva                                                1ºD

Vanesa Peixoto de Matos Martins                        1ºB

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SUMÁRIO

 

 

            1 – INTRODUÇÃO

           

 

            2 – HISTÓRIA

                        2.1 – A fundação da ETE

                        2.2 – Patronos

                                   2.2.1 – Lauro Gomes

                                   2.2.2 – Arienzo Salvador Arena

                        2.3 – Diretores

                        2.4 – Atualidade

           

 

            3 – ESTRUTURA

                        3.1 – Divisão

                        3.2 – Bloco 1 (Esqueleto)

                        3.3 – Bloco 2 (2A e 2B)

3.4 – Bloco 3

                        3.5 – Bloco 4

                        3.6 – Bloco 5

                        3.7 – Bloco 6 (Atual FATEC)

                        3.8 – Bloco Central

                        3.9 – Quadras Externas       

                                   3.9.1 – Curiosidades das Quadras Externas

3.10 – Outros

                                   3.10.1 – Refeitório

                                   3.10.2 – Sala da Ângela

                                   3.10.3 – Caixa d´água

                                   3.10.4 – Campão

                                   3.10.5 - Galinheiro

 

 

            4 – CURIOSIDADES

                        4.1 - Crônicas

                        4.2 – Manual do Bixo

                                   4.2.1 – A Recepção

                                   4.2.2 – ETE Sala por Sala

                                   4.2.3 – Mandamentos do Bixos

                                   4.2.4 – Tipos de Trote

                        4.3 – ETE em números

                       

5 – CURSOS

                        5.1 – Ensino Médio

                        5.2 – Cursos Técnicos       

                                   5.2.1 – Administração

                                   5.2.2 – Automação Industrial

                                   5.2.3 – Eletrônica

                                   5.2.4 – Informática

                                   5.2.5 – Laboratorista Industrial

                                   5.2.6 – Mecatrônica

                                   5.2.7 – Eletro-Eletrônica

                                   5.2.8 – Logística

                                   5.2.9 – Secretariado

                                  

           

 

            6 – Conclusão

           

 

            7 – Bibliografia

 

 

            8 – Anexos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 – INTRODUÇÃO

 

 

            Aqui reunimos um pouco da história da Escola Técnica Estadual “Lauro Gomes”. Optamos por tal tema pois acreditamos ser essencial que o discente tenha conhecimento da trajetória de sua escola para cada vez mais ter o “espírito eteano”. Honrar e lutar pela sua escola.

            Ao ler este trabalho você poderá encontrar muitas informações que jamais imaginaria isto o ajudará a entender melhor o funcionamento da estrutura escolar, assim como um pouco da mentalidade de todos que estão neste meio.

Momentos com grande seriedade, momentos com dados históricos e geográficos, momentos com curiosidades imperdíveis, momentos que lhe proporcionarão grandes risadas... tudo isto é o que lhe aguarda nas páginas seguintes. Tal organização não é mera coincidência, assim funciona a ETE-LG, assim são as pessoas...

Falar desde a pedra fundamental até a atualidade é um grande desafio e, assim sendo, fomos obrigados a selecionar apenas alguns fatos que julgamos mais relevantes. Caso fossemos relatar toda a incrível trajetória que se percorreu até a época presente seria uma interminável narração, porém não deixaria de ser proporcionalmente prazerosa.

Então veremos como a ETE-LG cumpre sua missão: “Formar o cidadão técnico de nível médio com competência técnica e consciência ética, promovendo a sua autonomia profissional ensinando-o a pensar e a fazer, visando à sua inserção no mercado de trabalho”.

Pessoas, fatos, notícias, trotes, professores, alunos, lendas... tudo isto não pode deixar de estar relatado, o que ocorre e o que já se passou deixando a sua marca está a seguir...


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2 – HISTÓRIA

 

 

 2.1 – A fundação da ETE

 

 

  Uma escola técnica no A.B.C.

 

 

            A partir da década de 50, podemos notar que no Brasil, finalmente, iniciou-se um processo de busca pelo progresso. Nessa monografia não questionaremos se os meios adotados para esse fim foram os melhores, entretanto somos obrigados a expor tais meios, já que em grande parte eles são os responsáveis pelo surgimento de nossa escola.

  É de conhecimento geral que durante o governo de Juscelino Kubitscheck, houve um grande incentivo federal para o desenvolvimento do setor industrial em nosso país.Ao mesmo tempo ocorria a instalação de inúmeras multinacionais no solo brasileiro. Assim, a nossa produção industrial cresceu e nossos produtos passaram a se exportados para diferentes partes do globo e ajudaram a aumentar nossas divisas, antes produzidas quase que exclusivamente pela agricultura (principalmente pelo café).

             Passamos assim, a competir no mercado mundial com outros países bem mais desenvolvidos que nós, e como resultado disso, sentiu o governo federal a necessidade de amparar os setores de produção, surgindo assim, como uma das medidas tomadas nesse sentido, a iniciativa, de instalar, em toda a nação escolas técnicas que fossem capazes de formar uma mão-de-obra bem treinada e qualificada que suprisse a necessidade desses novos setores.

 Essa idéia é reafirmada posteriormente, durante a inauguração da fábrica de motores a gasolina Willys Overland do Brasil, em março de 1958, quando Juscelino Kubsticheck se referiu a ETISBEC, ainda no princípio de sua construção, como: " Um núcleo de adestramento e de preparo especializado para operários".

  Essa realidade levou Lauro Gomes a se interessar, profundamente, pela, construção, em um dos municípios do A.B.C., de uma das escolas previstas no plano da administração federal, pois estava situada nessa região a mais expressiva concentração industrial e o maior núcleo de trabalhadores no Brasil.

  Para a nossa sorte, seu interesse se transformou em luta. Lauro Gomes não desistiu de seu objetivo e batalhou muito para conquistá-lo. Por isso pode ser considerado um dos maiores responsáveis pela construção da ETI. Infelizmente ele não estava vivo para conferir o resultado de tanta luta...

  É claro que não estamos querendo transformá-lo em uma espécie de mártir ou endeusá-lo. Afinal de contas temos que deixar bem claro o fato de que Lauro Gomes se beneficiou muito politicamente com a construção da ETI. Como nos contou o atual secretário de governo de São Bernardo, que durante doze anos foi auxiliar particular de Lauro Gomes, a quarenta e quatro anos é vereador , trabalhou como chefe executivo  do grupo de trabalho e posteriormente foi chefe executivo do serviço de obras e equipamentos durante a construção da ETI, Lenildo de Freitas Magdalena, Lauro Gomes deixou em sua sala durante muito tempo a maquete do projeto da ETI, que possuía até luzes que acendiam e apagavam, o que  encantava e até impressionava todos os que viam, fazendo assim o que Lenildo chamou de "marketing positivo" e que outros mais atrevidos poderiam denominar como populismo ou politicagem barata.

 

 

Por que foi escolhido São Bernardo do Campo?

 Aprovada, em princípio, a construção de uma escola técnica na região do A.B.C., reuniram-se os prefeitos desses municípios( Lauro Gomes, Anacleto Campanella e Fiorovante Zampol, respectivamente prefeitos de São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Santo André) para decidir democraticamente,  sobre a melhor localização para a futura unidade escolar, o que os levou a considerar questões como: a área necessária; condições econômicas das receitas municipais, tendo em vista a desapropriação do terreno; facilidade de acesso à Via Anchieta, diante da importância da ligação com São Paulo, etc., chegou-se à conclusão de que o município de São Bernardo era o que reunia as melhores condições de atender a todos os aspectos da questão.

 

 

Caminhando de um sonho para a realidade

             Uma obra dessa grandeza e importância dificilmente poderia ser realizada apenas no âmbito municipal. Para garantir o êxito do empreendimento, associaram-se a União, o Estado e o Município para criar a escola, o que foi feito mediante convênio, fixando as responsabilidades dos três poderes celebrado em 11 de julho de 1956. Na época o então ministro da educação era Clóvis Salgado, o governador do estado de São Paulo era Jânio Quadros e o prefeito de São Bernardo era Aldino Pinotti.

 

 

Em linhas gerais são as seguintes as cláusulas do Convênio:

Do objetivo da escola

  "A Escola Técnica de que trata esse Convênio tem por fim a formação de técnicos, de grau médio, destinados à indústria, e seu aperfeiçoamento e especialização, mantendo, inicialmente, os seguintes cursos:

a)máquinas e motores; b)eletrotécnica e c)metalurgia ".

 

 

Da localização, instalações e capacidade

            "A escola será instalada no município de São Bernardo do Campo, em edificações próprias, especialmente construídas para atender às suas finalidades, dispondo de prédios e instalações adequadas, de forma a permitir ensaios e pesquisas tecnológicas e experimentação com materiais, máquinas e processos de fabricação; a escola disporá inicialmente de capacidade para seiscentos alunos em regime de internato e tempo integral, bem como contará com instalações próprias para residência do pessoal docente e administrativo necessário".

 

 

Da estrutura da escola

 "A escola terá a estrutura peculiar às entidades para-estatais, de forma a ficar assegurada a sua autonomia administrativa, didática e econômica".

 

 

Da sua administração

             "A direção da escola será exercida por um conselho técnico e por um diretor, todos com mandato remunerado, por prazo certo, suscetível de renovação, cabendo ao primeiro funções deliberativas e ao último atribuições executivas.

  O conselho será constituído por um representante da Diretoria do Ensino Industrial, do Ministério da Educação e Cultura, por um representante do Departamento de Ensino Profissional, da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, e por três especialistas em ensino industrial, de reconhecida idoneidade, de livre escolha do governo do Estado.

  Para integrar o Conselho, em igualdades de condições serão também convidados a indicar um representante cada um, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e o Departamento Regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, de São Paulo.

  O diretor será nomeado pelo Governo do Estado, por proposta do Conselho, em lista de cinco nomes, dentre pessoas estranhas a este, e na qual figurarão obrigatoriamente pelo menos dois nomes do corpo docente da escola ;participará das reuniões do Conselho sem direito a voto.

  Na nomeação do primeiro diretor da escola não se observará a obrigatoriedade da inclusão, em lista, de nomes do corpo docente da escola".

Do Recrutamento do Pessoal e Regime de Trabalho

  1. A organização dos quadros do pessoal docente, técnico e administrativo e o provimento de cargos respectivos ocorreram, na forma que for estabelecida pelo Conselho Técnico, mediante ato do diretor, previamente aprovado por aquele Conselho;

  2. O corpo docente será constituído de especialistas de comprovada idoneidade técnica;

             3. Os corpos docente e administrativos trabalharão em regime de tempo integral e terão residência na própria escola; no interesse do ensino e da administração poderá ser admitido o regime de tempo parcial, bem como autorizada a residência fora da sede da escola, mediante proposta fundamentada do diretor e deliberação do Conselho Técnico;

  4. Todas as admissões serão feitas mediante contrato,regendo-se as relações de trabalho pela legislação trabalhista".

 

 

Da Receita da Escola

             "A receita da escola, que manterá escrituração própria, será a proveniente, entre outras das seguintes fontes:

  1. Subvenção anual do governo do Estado de São Paulo, de importância correspondente às despesas com pessoal, aquisição do material didático, execução de obras eventuais e atendimentos dos demais encargos da manutenção e desenvolvimento da escola;

             2. Doações, legados e outras subvenções;

             3. Produção ou experimentação industrial, estreitamente articulada com os programas de ensino e com a prática industrial dos alunos".

 

 

 

Da Prestação de Contas

"A escola prestará contas, anualmente, ao Tribunal de Contas do Estado e apresentará à Secretaria da Educação e a diretoria do Ensino Industrial do Ministério da Educação e Cultura, relatório de suas atividades".

 

 

Das Bolsas de Estudos

            "A escola manterá, por seus próprios recursos, ou com a cooperação de terceiros, bolsas de estudos para candidatos desprovidos de recursos financeiros".

 

 

Das Obrigações da Prefeitura Municipal

            "Para a concretização do empreendimento a que se refere este convênio, obriga-se a Prefeitura Municipal de São Bernardo do campo a doar ao Estado área de terreno necessária à construção da escola e de todas as suas dependências".

 

 

Das Obrigações do Estado

  "O governo do Estado obriga-se, por sua vez, a:

            1. Providenciar oportunamente os atos e medidas administrativas, decorrentes do presente Convênio, para o funcionamento da escola;

  2. Receber em doação o terreno doado pela Prefeitura de São Bernardo do Campo;

  3. Conceder, anualmente, uma subvenção destinada à manutenção da escola, com os seus cursos completos, nas bases previstas neste Convênio, e a partir do ano em que for concluída a instalação da escola pelo governo federal;

  4.Nomear os membros do Conselho Técnico e o diretor da escola, de acordo com a forma descrita neste convênio.

  5. Prestar assistência técnica e administrativa á escola, quando necessária, por intermédio do Departamento de Ensino Profissional da Secretaria de Estado dos Negócios da Educação;

  6. Assegurar condições que permitam o desenvolvimento dos cursos, à medida que as necessidades da indústria o justificarem".

 

 

Das Obrigações do Ministério da Educação e Cultura

  "O Ministério da Educação e Cultura obriga-se por seu turno, a:

             1. Realizar estudos e planejamento das edificações, das instalações, bem como do equipamento didático necessário ao pleno funcionamento da escola, nas bases previstas neste Convênio;

  2. Construir os edifícios e provê-los com as instalações necessárias a uma matrícula mínima de seiscentos alunos internos, e residência para o pessoal docente e administrativo;

             3.Dotar a escola do equipamento didático, bem como do equipamento necessários às instalações técnicas e administrativas e ao conjunto residencial previsto;

             4. Uma vez construída e equipada a escola, entregá-la ao estado, para os efeitos deste convênio;

  5. A obter através de organismos internacionais, a eles ligados, a cooperação de especialistas estrangeiros para orientar e ministrar cursos".

 

 

Do Prazo para Início e Término das Obras

            "Aprovado este Convênio pela assembléia Legislativa e registrado pelo Tribunal de contas, o governo federal dará início aos estudos e planejamentos, iniciando a construção dos edifícios nos seis meses seguintes e concluindo-os dentro de três anos".    

 

  Finalmente, o governo do estado de São Paulo, pela lei número 3.734, de 15 de janeiro de 1957, aprovou o convênio firmado no ano anterior.Nesse mesmo ano se iniciaram as obras de construção, porém, elas foram paralisadas em 1960, sendo que nenhum dos prédios se encontrava em condições de uso.

 

 

            Comissão Coordenadora

             Em 1962constituiu-se uma Comissão Coordenadora integrado por elementos do Ministério da Educação, da prefeitura de São Bernardo e da Federação das Indústrias, a fim de gerir as verbas da escola e encarregar-se de suas obras e equipamentos. Com a criação dessa Comissão foi recomeçado o que estivera interrompido por quase três anos. A parte executiva do trabalho foi entregue ao senhor Lenildo de Freitas Magdalena.

 

 

            O primeiro Conselho

            De acordo com o convênio inicial, somente depois de terminadas as obras o Estado começaria a gerir a escola. Entretanto, em 13 de agosto de 1964, o primeiro Conselho Técnico-Administrativo( nomeado pelo estado) sucedeu a Comissão Coordenadora que vinha administrando a escola. O primeiro diretor desse conselho foi o senhor Gilberto Vaz Garcia. Ele foi sucedido pelo senhor Walter Costa e posteriormente pelo professor Elzio D' Arienzo.

 

 

Missão Técnica Alemã

 Em novembro de 1963, foi firmado um convênio de cooperação técnica,assinado pelo governo do Brasil e da República Federal Alemã.

  Desse convênio, vieram equipamentos para os laboratórios e salas de aula,além de uma assistência técnico pedagógica e o treinamento de professores.

             O Convênio tinha duração de cinco anos passíveis de prorrogação. O primeiro chefe da missão foi o engenheiro Erich Hansen, que esteve por aqui durante um ano, sendo substituído pelo engenheiro Wolfgang Dietrich Eberhardt.

  Vale ressaltar que as máquinas alemãs não foram as únicas a serem importadas por nossa escola. Em 1991, vieram para cá, máquinas vindas de Israel como o torno CNC( Comando Numérico Computadorizado) e a fresadora CNC.

 

 

 

 

            A aula inaugural

            No dia 8 de março de 1965 foi ministrada a primeira aula do curso de máquinas e motores( posteriormente mecânica) aos 74 alunos matriculados, dando assim o início propriamente dito da Escola Técnica Industrial de São Bernardo do Campo(ETISBEC) .

             Compuseram a primeira turma alunos precedentes da capital, Santo André, São Bernardo, São Caetano, Ribeirão Preto, Rio Claro, Barra Bonita, Mococa e de outros pontos do estado.

             Esses alunos foram selecionados a partir de uma prova para a qual houve 176 candidatos. A prova que era escrita possuía questões sobre português, matemática, ciências e desenho geométrico e projetivo.

            Dos 74 matriculados apenas 33 se formaram em 1968, o que demonstra o quão eram rígidos os padrões de aprovação.Os nomes desses que foram os primeiros formandos da ETILG são:

Ademar Takato Yoshimine;

Adilson Luiz da Costa;

Alfredo T. Queirós Neto;

Antonio Carlos Pereira;

Carlindo Paroli Junior;

Carlos Chiappetta neto;

Cláudio Armin Gliger;

Diógenes Spaggiari;

Diogo Donadro Filho;

Ed Edison Diniz;

Eduardo de melo Assenza;

Eduardo S. Jurevicius;

Estanislau de Camargo Filho;

Gilmei Gerin;

Hiroyoki Minami;

Jacek Cywinski;

João carlos Gerin;

João roberto Navarrete;

José carlos Pacovsky;

Luiz Antonio Rosa;

Luiz Carlos A. Fonseca;

Mário Branicio da Silva;

Mário da rocha Frade;

Nelson Shitakubo;

Roberto Correa Cabral;

Roberto Covre;

Romualdo Franchin;

Tadashi kido;

Teruke Ikebe;

Titsuo Yoshimoto;

Valdemir de Souza Horn e

Yukihiro Nakata

     

 

 

As primeiras garotas

            Hoje seria difícil de imaginar a ETELG sem garotas em seu quadro de discentes.Mas em um passado recente seria difícil de imaginar o contrário... Anos atrás, ninguém imaginaria que uma escola que até o ano de 1971 era composta em seu quadro de discentes apenas por garotos, um dia teria tantas garotas como suas alunas.

            Mas em 1972, as coisas começaram a mudar...tardiamente é óbvio, pois aquele era o sétimo ano de funcionamento da ETILG e seria a primeira vez que uma pessoa do sexo feminino sentaria em uma de suas carteiras para assistir a uma aula.

            Atraídas pela abertura dos cursos de eletrônica e eletrotécnica em 1971, 15 garotas se inscreveram para a prova de admissão de novos alunos de 1972. Das quais seis delas foram admitidas. seus nomes eram: Nizi Voltarelli, Miriam Zuccolli,Izabel C. Corsi Janota, Nathalie Vorobieff, Lourdes Harumi Nogata e Marisa Leoni Magalhães Gomes.

            Vale a pena destacar que até então, nenhuma garota nunca havia, se quer se inscrito em uma prova de admissão na ETILG. E que Isabel C. Corsi Janota nos exames de seleção classificou-se em quarto lugar.

            Era evidentemente uma nova página na história da ETILG que começava a ser escrita.

             E por que isso ocorreu? Tantos anos para o ingresso de mulheres em uma escola que dentre suas regras não possuía nada como: "escola exclusiva para discentes do sexo masculino" ou "proibida a entrada de discentes do sexo feminino".Ou seja,teoricamente nada impedia tal ingresso, então por que ele ocorreu tão tardiamente?

            Existe apenas um motivo para isso: o machismo que assola até hoje a nossa sociedade.A ETELG foi e ainda é, o reflexo dos conceitos patriarcais, retrógrados e obsoletos existentes em nosso país.Isso se afirma não apenas entre as discentes. O corpo administrativo é um bom exemplo disso.Até hoje apenas duas mulheres foram diretoras da dita unidade escolar. A primeira foi Vilma de Moraes Lúcio(seu mandato possuiu apenas cerca de um ano) e a segunda é a atual diretora, a professora Irene Scaranto Augusto da Silva.

            Voltando ao caso das discentes, como já foi dito as primeiras garotas foram atraídas para a ETILG devido o início dos cursos de Eletrônica e Eletrotécnica em 1972. Encontramos nessas linhas um grave aspecto machista: mulheres não deviam se interessar por cursos como o de máquinas e motores(atual mecatrônica).

            Nem por isso devemos tirar o mérito daquelas pioneiras garotas. Afinal elas enfrentaram grandes preconceitos, por isso merecem sempre serem lembradas.Da mesma forma devemos bater palmas para as poucas garotas que cursam os cursos de Eletrônica, Eletroeletrônica e Mecatrônica que ainda hoje, infelizmente, são vítimas dos mesmos preconceitos que aquelas pioneiras.

             Devemos lembrar que as garotas passaram efetivamente a participar da ETELG em grande número, com a introdução dos cursos de Laboratorista Industrial(L.I.), Processamento de dados( na época de sua implantação era mais conhecido como PD, e devido seu alto contingente feminino foi apelidado "carinhosamente" de "Prendas Domésticas"; atual curso de Informática), Administração, Secretariado e Ensino Médio.

             Mas,não é pelo fato de freqüentarem cursos que são "melhor vistos" pelas pessoas em geral, que essas garotas não devem ser reconhecidas, afinal, estão lutando pelo seu espaço, fazendo aquilo que gostam.O que é um real avanço, porque demonstra que as mulheres podem e devem lutar pelo seu espaço seja na área que for, sendo isso por si só, um grande ataque a imensa muralha do machismo que circunda e envolve a nossa hipócrita e alienada sociedade. Que aos poucos, gradativamente, lentamente está sendo derrubada... Foi danificada com uma intensidade muito menor do que se pensa, é verdade...Entretanto, é apenas o começo... E se depender das eteanas seu fim está próximo...muito próximo... E isso não é uma ameça.É apenas a constatação de um fato...

 

 

  Fim do acordo Tripartite

  É inegável, o acordo Tripartite foi o responsável por transformar o sonho de uma escola técnica no ABC, de um simples projeto no papel para a realidade. É verdade, boa parte do que foi acertado nesse acordo não se consumou.Para começar, não foi realizado todo o projeto inicial.Não foram construídas várias dependências como: auditório, ambulatório, cinema, garagem, lavanderia, campo de futebol, arquibancadas, sanitários e vestiários, clube, piscina, lago artificial, residência do diretor, residência do administrador,escola primária, alojamento dos alunos, apartamento de funcionários e professores. 

            Entretanto o fim desse acordo não foi um dos melhores momentos pelo qual a ETELG passou durante a sua história. Ele aconteceu no dia 31 de dezembro de 1980. Porém um pouco antes , já havia sinais do seu fim...No dia 31 de maio de 1980 terminou o convênio entre Prefeitura, FIESP, APM e Estado o que apenas confirmava o possível desfecho dessa situação.

Falando em termos legais, a ETI não era uma escola institucionalizada. Portanto só existia devido ao acordo Tripartite. Na prática isso significa dizer, que com o fim do acordo ocorreria o fim da escola.E em dezembro de1980 o então governador do Estado, Paulo Maluf, impediu a renovação do convênio Tripartite. Por isso,a partir de 1 de janeiro de 1981 a ETI foi incorporada ao Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, que é subordinado à UNESP, e esta à Secretaria do Governo do Estado.

            Na época houve uma certa revolta por parte dos pais, professores e funcionários da ETI, que eram contra tal incorporação, porque ela colocava em risco um dos maiores patrimônios da ETI: a sua autonomia administrativa, pedagógica e financeira.Era essa autonomia que garantia o alto nível da ETI. E com a incorporação e a falta de autonomia principalmente financeira (já que agora, ela era obrigada a dividir a sua verba com outras ETIs) a qualidade da ETILG realmente caiu.

            Em um primeiro momento um dos maiores problemas foi com a remuneração dos professores.Com a incorporação ao CEETEPS os funcionários foram demitidos e recontratados pela lei nº 500, que representou o rebaixamento dos salários. Eles foram admitidos sem o recolhimento do INPS e FGTS e além disso seus salários foram nivelados com os dos professores da UNESP, que diferente deles não receberam os reajustes semestrais.

            A redução dos salários representou com o tempo, a também redução da qualidade dos professores que se interessavam em lecionar na ETI.E isso foi totalmente prejudicial...

            Um efeito concreto dessa prejudicialidade aconteceu em 1982, quando o número de candidatos inscritos para a prova de admissão atingiu o nível mais baixo desde a sua fundação em 1965.O número de candidatos foi 1572 para 840 vagas , não chegando portanto à proporção de 2:1.

 

 

             O advento da separação

            Até alguns anos atrás,os cursos técnicos e o curso de Ensino Médio eram integrados.Durante os primeiros anos da ETI o curso durava cerca de quatro anos. Com o passar dos anos, foi reduzido para três anos e posteriormente, mais precisamente a partir de 1998, foi separado do Ensino Médio.

            E por que isso ocorreu? Atualmente comenta-se que com essa separação, o nível dos alunos que freqüentam o ensino técnico diminuiu muito.Quais seriam as razões, se por certos pontos de vista tal dissociação foi maléfica?

            Em 14 de abril de 1997, o decreto presidencial 2208,ordenava a separação dos cursos técnicos do de Ensino Médio.Mas os etenos não receberam isso passivamente... Doze mil assinaturas em um abaixo-assinado, foram entregues ao governador Mário Covas, demonstrando oposição a tal decreto.

            Tamanha luta não rendeu muitos frutos... Porém, confirmou o espírito

revolucionário que existe em cada eteano...

            Enfim, qual foi o argumento apresentado pelo Ministério da Educação para tomar essa decisão tão arbitrária?

            Um dos mais ridículos que poderia se imaginar...Parece que a idéia de JK  de construir " um núcleo de adestramento e de preparo especializado para operários" sobreviveu durante as décadas... A justificativa apresentada pelo ministério era de que os alunos que cursavam o curso integrado o usavam como trampolim para as Universidades e não para atenderem a demanda industrial, na "honrosa" posição de mão-de-obra qualificada no meio da grande massa da explorada classe operária.

             E com isso, 1055 vagas do Ensino médio no sistema integrado, foram reduzidas para apenas 320 vagas.O que é vergonhoso... É a mesma coisa que dizer que os que possuem uma posição social desfavorecida não merecem o seu ingresso em uma universidade. É degradante... É uma das maiores hipocrisias que um país que se diz interessado em seu desenvolvimento pode admitir.. .É revoltante e injusto...

 

 

 

2.2 – Patronos

 

 

2.2.1 - Lauro Gomes:

 

 

Resumo do Livro “A vida de Lauro Gomes”

 

 

Assim como a maioria da população que vivia em Rochedo, a 200 Km de São Paulo, Sebastião Gomes de Almeida era humilde, além de ser farmacêutico, a quem as pessoas recorriam para amortecer as dores de cabeça.

Sebastião se casa com sua própria prima, chamada Olímpia, com que no ano de 1985 já tem dois filhos, chamados de Alcebíades e Alvinópolis, que irão se tornar Almirante da marinha, e homem de empresa respectivamente. No mesmo ano, Olímpia está à espera de mais um, tal que às 14 horas de 28 de fevereiro de 1985 nasce seu filho, Lauro Gomes de Almeida: menino robusto, com pernas compridas, com quase quatro quilos, que com o passar do tempo, irá se tornar um garoto que usa calças curtas, seguras pelos cós por suspensório.

Lauro se desenvolve sem problemas de saúde, por causa dos cuidados dados pela mãe, sendo que é batizado em Rochedo, e cresce como todos os meninos do lugar: brincando, correndo, colhendo frutas no mato, caçando passarinhos, ouvindo histórias.

O pai de Lauro Gomes, dito-cujo é o primeiro a passar as primeiras lições e educar com rigor Lauro, se preocupa em colocá-lo na escola em período integral na escola, já que em Rochedo não havia escolas públicas. De fato, Lauro passa a estudar no Seminário de Mariana, e pelas ruas de pedras, e ver o resultado do ouro que germinava a riqueza da cidade, e os donos das mineradoras com suas mansões, se interessa, e fica a ter o desejo de ser um homem bem sucedido, diferente do seu colega de Seminário Carlos Vasconcelos Motta, já seduzido pela idéia de vestir a batina.

No Seminário, os meninos ouvem histórias dos cristãos perseguidos pelos romanos, entre outros ensinamentos, que trazem um conceito moral, mostrando a beleza do heroísmo, da virtude e do sacrifício pelas causas nobres, e da perseverança como elemento essencial à realização de um objetivo. Essas histórias vão penetrando de tal modo na mente do menino, que ao voltar para a casa dos pais, só pensa em possuir um patrimônio, ser um homem poderoso, reconhecido e respeitado. Com isso, ainda muito jovem, aos 16 anos, enfia na cabeça que em Rochedo e Mariana lhe oferecem condições de progredir na vida, por isso seu pai o transfere para Juiz de Fora, para dar prosseguimento aos estudos, mas novamente quando retorna a Rochedo, volta deslumbrado com o que ouvira falar sobre a prosperidade de São Paulo, para onde fixa a idéia de se transferir, na suposição de encontrar campo fértil para se desenvolver, dar vazão a sua ambição, ao desejo de alcançar poder, glória, posição social e dinheiro.

Lauro não desiste da idéia de vir para São Paulo, e fica persuadindo os pais de deixa-lo a ir; seu pai até mesmo o adverte que ele somente irá conseguir o que quer à base de muito trabalho. Ele por sua vez responde que o trabalho não o assusta. Por isso, sua mãe lembra de um primo, chamado Carlos, que também foi para São Paulo, onde se formara em Odontologia, e que poderia ajudar Lauro a arrumar um emprego. Porém se pai impõe uma condição: só poderá ir quando completar 18 anos.

Após completar a dita idade, o garoto põe literalmente o pé na estrada, por onde caminha durante 13 dias seguidos, na companhia de dois conterrâneos maiores. Lauro chega na esperada cidade em 1913, com o propósito de vencer, encontrado a cidade movida pela força e cultura do café, pensa grande, possuindo, por exemplo, uma fábrica de tecidos que emprega 13 mil funcionário, e está em condições de empregar mais seis mil, e oferecer outros 12 mil empregos indiretos, em razão do aumento da produção, além de outros tipos de indústria, como a de entretenimento, sem contar a prosperidade da cidade, e dos intermediários do café. Isso vai chamar a atenção de vários investidores estrangeiros, inclusive de Thomas Wilson, que constrói uma filial brasileira em Presidente Altino, no município de Osasco.

Ao chegar, Lauro vai ao encontro do primo da dona Olímpia, o dentista Carlos Coelho da Faria, e após explicar-lhe que precisa urgentemente de um local para morar, em razão da difícil viagem. Porém, recusa o oferecimento da hospedagem feita pelo parente, com uma dose de vaidade, preferindo morar em uma pensão do Cambuci. Mas a vaidade de Lauro tem limites, e a conselho de Carlos, consegue um emprego numa loja de tecidos, de propriedade do comerciante português Godoy Moreira, na rua Cásper Líbero.

Com o ano de 1914 chega a I Grande Guerra, a qual afeta não só a economia de São Paulo, como a cabeça de dona Olímpia. Ela se preocupa em demasia com os dois filhos que estão fora de casa, sobretudo com Alcebíades, integrante da Marinha. Este, do Rio, a tranqüiliza, assegurando que o Brasil não entrará no conflito, e desse modo, não há razão para alimentar preocupações com a sua integridade física. Lauro também escreve à mãe. Informa que trabalhar de caixeiro não satisfaz de modo algum sua ambição, mas o salário que recebe é suficiente para atender as suas necessidades. Ele reconhece que a guerra aumenta o custo de vida, escasseia o dinheiro em circulação e estanca o consumo, inclusive de tecidos. Mas otimista, garante que, a despeito dessa dificuldade, vai “subir na vida”.

Sabendo bem o que quer, apresenta-se a Light em 1915, empresa responsável pela produção e distribuição de energia elétrica e o gerenciamento do transporte urbano de passageiros, por meio de bondes. Agora, com a incorporação da Empresa de Eletricidade de Sorocaba, que lhe permitirá ampliar a capacidade geradora de energia elétrica, por meio de uma usina instalada às margens do rio Sorocaba, a Light está regularizando o fornecimento e admitindo novos funcionários, em seu escritório central, onde funciona a sede da empresa. Um desses novos funcionários é Lauro Gomes de Almeida.

Lauro vê a energia produzida pela Light transformar a São Paulo do início do século. São redes elétricas, postes em estilos avançados, luminárias, bondes, que de uma forma ou de outra, transfiguram o traçado da cidade e alteram a fisionomia do meio urbano em pontos tão distintos como a avenida Paulista e bairros periféricos como a Penha, Ipiranga, Brás e Butantã.

             Na empresa, Lauro vai adquirindo a simpatia dos colegas, a confiança dos superiores e construindo círculos de amizades. Para ele, quanto maior as suas redes de contatos, dentro e fora da Light, melhores vão ser as chances de progredir, além de ser convencido de que o êxito na vida depende muito da qualidade das relações sociais, procura construir seu próprio meio, não se envolvendo com todo tipo de pessoas, a despeito de saudar a todas com reverência, demonstrando sentido de educação, civilidade polidez.

Com negócios em Sorocaba, a Light está permanentemente enviando para essa cidade, ligada a São Paulo pela estrada de Ferro Sorocabana, alguns de seus funcionários, dentre eles Lauro Gomes, que gosta do lugar, faz novas amizades e se torna sócio do São Bento. Certo dia, ao estar conversando com seus colegas, na sede da Light, percebe a entrada na repartição de uma moça bonita, que ali fora tratar de negócios. Ao sair, uma flor de laranjeira escapa dos cabelos, sem que ela perceba. Lauro recolhe a flor e troca um pequeno diálogo com ela, sendo que um amigo um colega de Lauro vê a cena, e faz as apresentações necessárias. A dita moça se chama Marta, trabalha com o próprio pai, um português, dono de tipografia, onde faz anúncios para empresas que ela mesma afixa nos bondes, em espaços previamente alugados da Light. São anúncios de cigarros, cervejas, jóias, água de colônia, loções, remédios para tosse, creme para rugas, manchas, sardas e produtos em lata do frigorífico Wilson.

Eles se tornam amigos. Um dia ela sutilmente diz a ele que quer mudar de emprego, e diz que a Light não dispõe de campo real para ele progredir, ou se dispões, não lhe oferece oportunidades. Assim sendo, Marta fala a Lauro que o Frigorífico Wilson, está ampliando os seus escritórios e sua equipe de vendas, e lhe oferece esta opção.

Lauro após refletir um momento, e colocar as idéias em ordem, percebe que não poderia deixar essa oportunidade passar, pois se as oportunidades não se repetem, surgem só uma vez, em toda a nossa vida, precisamos agarra-las, não permitindo que se depreendam de nós. Assim agiu Lauro Gomes: agarrou-a com as duas mãos.

E assim vai passando o tempo, e Lauro Gomes vai crescendo na sua nova empresa, chegando, após passar por vários cargos, a ser assistente da diretoria, trabalhando com disciplina, e tendo com um dos princípios o de que para ter êxito na vida, deve-se economizar. Além disso, percebe o amor de Marta por ele, mas senti por não poder corresponder o mesmo tipo de amor. Porém, será Marta que lhe apresentará Lavínia, a mulher que vai fazer seu coração bater mais forte. Após vários encontros, ele, após ouvir a história emocionante da família de Lavínia, pede, com certeza do que nunca, a permissão para ser aceito como novo membro da família Rudge Ramos.

O filho de seu Sebastião ainda não se conforma com a uma questão imposta pela empresa em qual trabalha: por que somente americanos podiam ser diretores do Frigorífico? Mesmo assim, vai trabalhando sem cessar. O tempo passa, o casamento com Lavínia acontece em 19 de Fevereiro de 1925, e o traço do articulador político vai crescendo em Lauro, que ainda não se interessa por política. Nesse mesmo tempo, ele forma uma biblioteca no casarão onde mora, e se dedica ao estudo das normas jurídicas do País, onde algo acontece de novo, pois Getúlio Vargas, com suas novas proposta que faz dele “populista”, faz a diretoria do Frigorífico ficar preocupada, fazendo pedir uma ajuda a Lauro, que diz que a empresa não poderá cumprir a legislação do trabalho, se não vier a se preparar para os novos tempos.

Com isso, o presidente do Frigorífico no Brasil recorre ao fundador do Grupo, Thomas Wilson, que assimila as informações e admite ampliar a empresa com um novo cargo de direção, e como nenhum funcionário de nacionalidade americana teria condições de assumir ou acumular a diretoria do Departamento Jurídico, por motivos óbvios, não lhe resta outra alternativa exceto abolir a exigência de tornar o preenchimento de cargo de direção privativo de americanos: o nome de Lauro Gomes é aprovado em seguida.

Lauro vai enriquecendo, faz uma viagem para os EUA, contrata um motorista, para de freqüentar lugares públicos, ganha dinheiro nos seus jogos particulares, e cada vez mais ganha respeito na empresa. Seu pai, e sua sogra morrem, e senti pelo sofrimento da mulher em não lhe dar um filho, mas as dificuldades não o esmorecem, se julgando um homem possuído pelo poder de influir nas decisões do Frigorífico Wilson; de fazer tudo o que deseja, e a fortuna, avaliada em cinco milhões de dólares. Resta-lhe apenas o poder político.

A política, que não o seduzia, começa-lhe a aguçar o espírito. Em conversas com amigos, ele agora confessa desejoso de exercita-la, pois acredita que a atividade empresarial já lhe concedeu a experiência necessária para desempenhar, com prudência e sabedoria um cargo executivo.

Após vários acontecimentos ocorridos na cidade de São Bernardo do Campo, Lauro aceita a concorrer para prefeito desta mesma cidade, pelo PTB, dando também o dinheiro da campanha.

Mas, por ser muito pouco conhecido na cidade, algumas pessoas não o querem como candidato. Vencida a resistência, o nome de Lauro Gomes avança mais.

Após episódios ocorridos em qualquer disputa política, entre Lauro e Edmundo, normais ou não, incluindo o fato que a direção do PTB monta, para o dia da eleição, um espetacular esquema gratuito de transporte, alojamento e alimentação dos eleitores, tudo pago com o dinheiro de Lauro, este é eleito com 2592 votos, contra 2476 do adversário.

Lauro afasta-se da direção do Frigorífico Wilson do Brasil, para dedicar-se à tarefa de montar a equipe, que o auxiliará na administração dos negócios da cidade. E assim, vai governado e fazendo mudanças na cidade, percebendo que não é fácil governar uma, como dirigir uma empresa. Com isso, a cidade vai ganhando uma nova fisionomia. E em 1954, decide se candidatar a Deputado Federal, ganhando com 27.671 votos, grande parte obtidos em Santo André. Aldino Pinotti é seu sucessor na prefeitura.

Por entender que o mandato de Pinotti lhe pertence, Lauro Gomes instala-se na Prefeitura, e numa mesa, passa a atender ao público que o procura. De fato, Lauro faz fazendo várias inimizades, dentro e fora do partido. Temos como exemplo o fato de desapropriar a chácara de Enéas Queirós Ferreira, para no lugar construir uma escola técnica estadual e industrial, destinada a treinar e preparar o operário para o trabalho nas fábricas, que estava invadindo São Bernardo, município considerado de maior progresso, principalmente por causa das montadoras que haviam se instalado às margens da Via Anchieta, como por exemplo, a Volkswagen do Brasil e Mercedes-Benz.

Lauro vai ficando popular nas cidades vizinhas, por causa de sua ação administrativa. Porém, toda a atividade em excesso cansa e debilita a sua saúde, principalmente para quem tem princípio de infarto, tanto que seu médico o aconselha a parar de fumar e diminuir a vida sexual. Mas Lauro diz a seu médico que não pode viver sem seus charutos e as mulheres.

            O tempo vai passando, e Lauro se candidata a prefeitura de Santo André. Mas para não deixar de ser chefe político em São Bernardo, indica o vice, Higyno Batista de Lima, candidato à sua sucessão. Sendo assim, o final do ano de 1963 é duplamente feliz para esse imigrante mineiro: além de se eleger prefeito em Santo André, fez o sucessor em São Bernardo, dando uma demonstração de prestígio e força política, até então jamais visto, pois havia várias pessoas do campo político tentando tirar ele de seu caminho, como Aldino Pinotti.

Lauro encontra a cidade de Santo André com inúmeros problemas. Dentre suas medidas, se encontra a de aumentar os impostos, o que irrita incrivelmente os comerciantes.

Com a deposição em 31 de março do presidente João Goulart, cujo governo era considerado dócil com os comunistas e o advento da ditadura militar, políticos com ou sem cargos letivos, começam a ter o mandato cassado e os direitos políticos suspensos por mais de 10 anos. Lauro, que havia sido eleito Deputado federal em 1954 juntamente com expoentes da esquerda, como o ex-constituinte Euzébio Tocha, a jornalista Ivete Vargas e o general Leônidas Cardoso, pai do futuro presidente Fernando Henrique Cardoso e, na condição de prefeito de São Bernardo, estivera com João Goulart e votara favoravelmente ao retorno do presidencialismo, defendido por Jango, tem o nome incluído na nova lista de políticos a perderem o mandato e terem os direitos políticos suspensos. Lauro fica preocupado e solicita audiência ao ministro da Justiça, Milton Campos, seu conterrâneo. Nela, Milton promete esforços para livra-lo da cassação.

De volta a Santo André, o prefeito encontra o ambiente carregado, pois os comerciantes realizam passeatas de protestos, indignados com o aumento dos impostos. Sem condições de reconciliar-se com os contribuintes, que se recusavam a ouvi-lo, Lauro emite sinais de cansaço, o qual não o impede de retornar a Brasília, dois dias depois, com o advogado Tito Costa, retornado ambos a São Paulo em 14 de maio.

O dia 20 de Maio de 1964 amanhece com sol de brigadeiro. O prefeito dirige-se ao gabinete e encontra as ruas próximas ao largo do Carmo com movimento incomum. São os contribuintes preparando-se para a reunião num edifício no largo da Estátua. Ele começa a despachar os processos, e de sua sala, ouve gritos e palavrões pronunciados pelos manifestantes. Finalmente percebe que é melhor abaixar as armas. Chega de batalhas. E segue em direção a São Paulo para fazer o que mais gosta, e quem sabe, tornar a morte mais aceitável. Aos 69 anos, Lauro renunciou aos prazeres do gozo dos quais viera falecer na capital, enquanto os contribuintes de Santo André faziam o seu enterro simbólico, em protesto contra o aumento de imposto.

O caixão é conduzido a Santo André, onde fica exposto na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, com Lauro no esquife, trajando terno de linho 120 e gravata de seda.

 

 

 

2.2.2 – Arienzo Salvador Arena

 

 

             - A Vida

 

Salvador Arena nasceu em 12 de janeiro de 1915, em Trípoli, na Líbia – então colônia italiana, sendo que chegou ao Brasil no ano dos 1920. Ele e seus pais instalaram-se na Vila Prudente, bairro da zona leste de São Paulo predominantemente ocupado por imigrantes italianos. Passou a maior parte da infância na oficina do pai. Morava em uma espécie de chácara, onde manipulava peças e máquinas, acompanhando o Sr. Nicola, seu pai, que processava sucata de metais em uma oficina mecânica de sua propriedade.

 

Iniciou suas atividades profissionais aos oito anos. Fabricava velas para vender nas procissões, defendendo sua mesada e contribuindo com o rendimento familiar. A família não chegou a passar necessidade, mas tinha uma vida modesta.

 

Em 1936, aos 21 anos, formou-se Engenheiro Civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

 
            Em 1937, iniciou suas atividades profissionais na Light, seu primeiro emprego formal, onde trabalhou na implantação do sistema hidrelétrico de Cubatão, um modelo planejado por Billings. Naquele tempo, as máquinas eram todas importadas. Quando quebrava uma peça, não havia outro jeito senão fabricar outra. Por um longo período, Salvador Arena atuou como aquele que desenhava as peças, projetava seus detalhes e mandava fundi-las. O resultado, muitas vezes, era melhor que o original.

 

            Salvador Arena morreu na plenitude de seus 83 anos junto aos que mais amava: seu colégio, seus funcionários, suas máquinas, sua fábrica, sua comunidade.
 Homem de convicções pessoais embasadas em teorias sociais, enérgico, austero, paternalista, visionário, obstinado, polêmico, sua mola propulsora era acreditar nas pessoas e em suas potencialidades, na dedicação e no amor ao trabalho. Sempre lhe sobrou ousadia, talento e suor para pôr em prática suas idéias ao longo de sua existência. E é assim que será sempre lembrado por todos aqueles que tiveram o privilégio de partilhar de seu convívio. Quando um velho amigo o convidou para fazerem juntos uma viagem ao exterior, Arena foi categórico com seu jeito italiano, gesticulando e apontando para as fábricas: "Eu sou feliz aqui, porque eu vou sair? Meu mundo é isto aqui”.

 

 

- Termomecânica

 

Em 1942, com um capital de 200 dólares, fundou a Termomecânica São Paulo S.A. Naquela época, a empresa era voltada para a produção de fornos e equipamentos para padaria. Mais tarde começou a fabricar fornos de revenimento, ventiladores, trefilas, fornos de fundição, prensas, etc.


            Já em meados da década de 50, iniciou a construção da nova fábrica, no bairro Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo, com produção diversificada de metais não-ferrosos.

 

 

 - Um homem sonhador

 

O maior sonho de Salvador Arena sempre foi criar uma escola modelo. A vontade era tanta, que, no início da década de 60, chegou a montar um colégio dentro da fábrica. Comprou 150 cadeiras e mesas, que foram colocadas num pavilhão pertencente à fábrica. Contratou professores de português, matemática e ciências. Os funcionários encerravam o expediente às cinco da tarde e iam para as aulas. Alguns anos depois, essa escola sairia dos muros da sua fábrica e passaria a atender a comunidade de São Bernardo do Campo e das cidades vizinhas no Colégio Termomecânica.

 

            Em 1989, adquiriu uma gleba com área de mais de cinco alqueires no Bairro Alvarenga, em São Bernardo do Campo, e construiu o Colégio Termomecânica para atender, gratuitamente, crianças e adolescentes da comunidade, com qualidade e excelência de ensino.

 
            Hoje, em 2004, esse sonho amadureceu, cresceu e multiplicou-se. Além do Colégio Termomecânica, existem mais três unidades de ensino, formando um verdadeiro Campus Educacional, que atende, gratuitamente, cerca de 1600 alunos, com investimentos da ordem de R$ 17 milhões anuais, com 100% de recursos próprios. 68% dos alunos são moradores de São Bernardo do Campo, e 71% são procedentes de famílias de baixa renda ou sem renda. O Colégio Termomecânica, em atividade desde 1990, oferece mais de 1.100 (mil e cem) vagas em seus cursos de altíssimo nível, que vão do Ensino Básico ao Ensino Médio, inteiramente gratuito à população.


           
Em outra unidade de ensino, a Fundação mantém mais 180 vagas para crianças carentes do Sítio Bom Jesus, Parque Hawai e adjacências, em sua Escola de Educação Infantil Salvador Arena, em cursos que vão do Maternal ao Pré-Primário. Inaugurado em 2003, o Espaço Gente Jovem Salvador Arena beneficia mais 80 adolescentes carentes e suas famílias em cursos de complementação escolar e formação para a cidadania, incluindo o fornecimento de uniformes e refeições.


            Em 2004, a Fundação Salvador Arena mantém 400 vagas para a comunidade na Faculdade de Tecnologia Termomecânica - FTT, que oferece os cursos de Tecnologia em Mecatrônica Industrial, Tecnologia em Industrialização de Alimentos, Tecnologia em Gestão de Processos Produtivos e Tecnologia em Sistemas de Informação. Com a conclusão do prédio próprio da FTT, a Fundação Salvador Arena atenderá, a partir de 2005, mais de 700 alunos em seus cursos superiores, nos períodos diurno e noturno, anualmente. Os projetos da área de Educação, criados e mantidos pela Fundação Salvador Arena, são responsáveis pela manutenção de mais de 300 (trezentos) postos de trabalho diretos e milhares de empregos indiretos, contribuindo para o desenvolvimento da cidade de São Bernardo do Campo.


            O sucesso da sua empresa e a prosperidade nos negócios não eram os únicos focos da existência de Salvador Arena. Dono de uma personalidade crítica encontrava disposição para empreender ações humanitárias, fazendo contribuições generosas para entidades beneficentes, filantrópicas e investindo em projetos sociais por ele idealizados.

 

 

 - Empresário com diferencial

 

Empreendedor arrojado criou um modelo de gestão próprio, inovador e avançado para a década de 60, que prezava, acima de tudo, seu “valioso capital humano”. Conhecia os funcionários pelo nome e sobrenome, bem como seus familiares, para os quais estendeu benefícios como: cestas básicas com até 60 quilos de alimentos, atendimento médico e odontológico.


           
A política salarial diferenciada, uma marca da Termomecânica, foi sua criação. Tudo começou em 1948, após um grande esforço bem-sucedido de produção para atender um grande cliente, Salvador Arena concedeu, espontaneamente, o primeiro prêmio por produtividade. Não havia legislação a respeito de participação nos lucros e remuneração por produtividade, porém a prática incorporou-se à rotina da fábrica e sempre que havia um trabalho especial, havia um prêmio. Mesmo antes de ser criado o 13º salário, Salvador Arena pagava um adicional no fim do ano. Com o tempo, dependendo do desempenho anual calculado por ele mesmo, Salvador Arena distribuía a participação nos lucros, que chegavam a 14, 15 e às vezes 17, 18 salários no ano. Em um determinado ano, foram pagos excepcionalmente 25 salários.


           
Concretizou a idéia de proteger os funcionários das altas taxas de juros do mercado e criou uma Cooperativa de Crédito, com juros subsidiados, como alternativa de financiamento pessoal. Sabendo que muitos funcionários saíam na hora do almoço para beber um pouco no boteco próximo, mandou instalar garrafões de pinga no refeitório da empresa. Resultado: o índice de alcoolismo diminuiu, e a produção aumentou, contrariando as previsões de muitos de seus colegas empresários.


            Antes de falecer, em 1998, Salvador Arena havia colocado a Termomecânica em posição de destaque no setor industrial brasileiro, tendo sido classificada entre as maiores indústrias privadas do país, líder no setor de transformação de metais não-ferrosos em produtos semi-elaborados/produtos acabados e altamente capitalizada, com um patrimônio líquido avaliado em mais de 400 milhões de dólares.


            Hoje, a empresa conta com duas unidades nos bairros Rudge Ramos e Jardim do Mar, ocupando 127 mil metros quadrados de área construída e mantendo mais de 2.000 postos de trabalho no município.

 

 

- Presença na saúde

 

            Salvador Arena também é uma importante referência na área da saúde no município. Criou o Centro de Diagnose, que funciona desde 1995 na Avenida Caminho do Mar, onde são realizados mais de 14 mil exames diagnósticos gratuitos todos os anos, a saber: Tomografia Computadorizada, Endoscopia, Mamografia, Densitometria Óssea e Ecocardiodoppler. A população de São Bernardo, portanto, vem sendo beneficiada por esse importante serviço público, que favorece pessoas carentes dos postos de saúde e hospitais do município e do bairro Rudge Ramos.

 

 

 - Título e Prêmios

 

1936 - ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Diploma e Graduação em Engenharia Civil
São
Paulo - SP
18 de dezembro de 1936

1960 - SOCIETY OF AUTOMOTIVE ENGINEERS INC.
Diploma de Membro Emérito
New York - USA
13 de junho de 1960
AMERICAN SOCIETY FOR TESTING MATERIALS
Diploma de Membro Emérito
New York - USA
Janeiro de 1960

1962 - SOCIEDADE AMIGOS DO ESTUDANTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
Casa do Estudante Harmonia
Título de Sócio Benemérito
São Bernardo do Campo - SP
23 de outubro de 1962

1963 - CASA DO ESTUDANTE HARMONIA
Diploma de Honra ao Mérito
São Bernardo do Campo - SP
22 de setembro de 1963

1964 - ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DO ABC
Diploma para Termomecanica de Sócio-Contribuinte
São Bernardo do Campo - SP
02 de dezembro de 1964

1971 - CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO BERNARDO DO CAMPO
Título de Cidadão Saõbernardense
São Bernardo do Campo - SP
27 de maio de 1971
MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA
Medalha “Mérito Santos Dumont”
Brasília - DF
02 de julho de 1971

1972 - CÂMARA MUNICIPAL DE DIADEMA
Título de Cidadão Diademense
Diadema - SP
18 de dezembro de 1972

1974 - PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO BERNARDO DO CAMPO
Medalha do “Mérito Cívico”, por serviços de alta relevância prestados para a comunidade
São Bernardo do Campo - SP
Julho de 1974

1975 - ASSOCIAÇÃO DOS ENGENHEIROS E ARQUITETOS DO ABC
Título de Engenheiro Emérito do ABC
São Bernardo do Campo - SP
10 de dezembro de 1975

1977 - MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA
Ordem do Mérito Aeronáutico
Diploma de Admissão no Corpo de Graduados Especiais no Grau de Oficial
Brasília - DF
06 de setembro de 1977

1984 - MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA
Ordem do Mérito Aeronáutico
Diploma de Promoção para o Grau de Comendador
Brasília - DF
20 de setembro de 1984

1988 - EXÉRCITO BRASILEIRO
Diploma de Empresário Colaborador do EB
Rio de Janeiro - RJ
19 de julho de 1988
SOCIEDADE AMIGOS DO ESTUDANTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
Casa do Estudante Harmonia
Diploma de Gratidão ao Incentivo para a Educação
São Bernardo do Campo - SP
23 de outubro de 1988

1989 - SERENÍSSIMA GRANDE LOJA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Medalha de Mérito Maçônico da GLESP
São Paulo - SP
01 de fevereiro de 1989

1994 - MINISTÉRIO DO EXÉRCITO
Título: Amigo do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Exército Brasileiro Guaratiba- RJ
06 de agosto de 1994

1997 - MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA
Diploma de Membro Honorário da FAB
São Paulo - SP
22 de maio de 1997
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA DO
ESTADO DE SÃO PAULO
Prêmio “Master da Engenharia do ABC”
São Bernardo do Campo - SP
14 de outubro de 1997

1998 - FUNDAÇÃO ANTÔNIO PRUDENTE
Diploma de Honra ao Mérito
São Paulo - SP
13 de abril de 1998

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2.3 – Diretores

 

 

  Essa é a lista de diretores da ETELG e do período de seus mandatos, desde o ano de sua formação:

 

 

1° Gilberto Vaz Garcia,(1965);

2° Walter Costa,(1966-1967);

3° Élzio D'Arienzo,(1967-1985);

4° Lúcio Ântonio Santos,(1986);

5° Orlando Ramires,(1987-1989);

6° Vilma de Moraes Lúcio,(1989);

7° Pedro Ravelli,(1990-1994);

8° Jitsunori Tsuha,(cerca de três meses);

9° Adalberto Capri,(1995-1997);

10° Fúlvio,(1997-1998);

11° Adalberto Capri, (1998-2004);

12° Irene Scaranto Augusto da Silva, (2004-200?)

 

 

 

2.4 – Atualidade

 

 

            Atualmente, a ETE Lauro Gomes está nas mãos da Profª. Irene Scaranto Augusto Silva, que tem como currículo:

 

 - Formada em Letras – Português e Francês pela Universidade de São Paulo - USP

 - “Diplome d’études françaises” pela Université de Nancy.

 - Formada em Pedagogia com Especialização em Administração Escolar e - supervisão Escolar Pela Universidade Francana.

 - Professora de Francês no Liceu Pasteur

 - Professora de Português no Ensino Oficial, aprovada em Concurso.

 - Professora de Português na ETE “Lauro Gomes” desde 1981.

 - Diretora de Escola Pública, aprovada em Concurso no Estado de São Paulo.

 - Assistente de Direção para Assuntos Pedagógicos na ETE “Lauro Gomes”, aprovada em Concurso.

 - Diretora da ETE “Lauro Gomes”, aprovada em Concurso.

·         

 

 

 

 

 

 

 

 

 

3 – ESTRUTURA

           

 

3.1 – Divisão

 

 

            A ETE Lauro Gomes é famosa por, além de sua história e tradição em ensino de alta qualidade, por sua estrutura que é basicamente a mesma desde sua inauguração (com algumas mudanças, como veremos a seguir).

            E seguindo este critério de divisão, atualmente encontra-se dividida em seis blocos de salas de aula, como veremos mais a frente.

            Com sua estrutura confusa para os mais novos na escola (e até mesmo para os mais velhos!), a ETE fora construída no alto de um morro, em um local privilegiado da cidade de São Bernardo do Campo (local qual não encontraríamos semelhante para uma construção de uma nova escola), fato que a deixa com um clima misterioso e, segundo alguns, com uma “energia” diferente no ar.

Nos seus 25 mil metros de área construída, em um terreno de 155 mil metros quadrados, a ETE oferece instalações que lembram um campus de faculdade. São 37 salas de aulas teóricas, onde são transmitidos os conceitos básicos das disciplinas, 36 laboratórios e duas oficinas.

            Contudo, a ETELG, como é mais conhecida, tem seus mistério e indagações sobre o que seriam tantos lugares não usados, salas que ninguém havia visto, enfim, fatos que nos cercam e que decidimos investigar. E isso faz com que seus blocos, sem dúvida alguma, sejam lugares em que passamos tardes a visitar e conhecer.

 

 

3.2 – Bloco 1 (Esqueleto)

 

 

O "Esqueleto" é um prédio inacabado da ETE. Foi levantado junto com a escola, mas teve sua construção interrompida ainda na fase da estrutura. Se tivesse sido concluído, seria o Bloco 1, o maior de todos. Entretanto, foi abandonado após um incêndio durante a sua construção, que comprometeu toda sua estrutura.

Houve inúmeros projetos de demoli-lo, pois ele era considerado um risco para a estrutura do Bloco 2, assim como houve inúmeros projetos para recuperá-lo (o que foi considerado economicamente inviável), como por exemplo, para a construção de uma FATEC, um fórum municipal e tantos outros que não saíram do papel. Quando ainda estava em pé, seu acesso era proibido ao alunos (teoricamente), devido à instabilidade da construção.

Aparentemente, ele teria 4 andares e olhando-se para ele, era possível ver espaços abertos onde seriam colocados até elevadores.

Detalhe interessante: passando na rua ao lado do "Esqueleto", era possível ver alguns arbustos enormes que crescem dentro dele, no cimento mesmo, enraizados no pó acumulado.

            Infelizmente, em 1997, com sua estrutura já muito debilitada, este monumental bloco fora demolido, finalizando assim uma vida de histórias mal-contadas, com incompatibilidades burocráticas, de fatos curiosos, brigas e  alegrias, que nunca sairão da memória dos que a viveram.

 

 

3.3 – Bloco 2 (2A e 2B)

 

 

O conjunto de blocos 2A e 2B formam um dos maiores blocos da ETE Lauro Gomes. Em sua extensão, estes blocos possuem inúmeras salas, incontáveis lances de escadas, laboratórios, etc.

No Bloco 2A, que é o primeiro bloco ao subir-se a rampa que dá acesso à escola, encontra-se a Biblioteca “Élzio D´Arienzo”, que tem esse nome devido à uma homenagem feita a este ilustre homem, que fora diretor da ETELG por muitos anos. Encontra-se também o Anfiteatro “Salvador Arena”, um belo em amplo salão de eventos com uma quantia de lugares que suporta os novos alunos todos os anos para a famosa recepção.

Subindo as escadas, temos a Área de Processamento de Dados (mais conhecida como PD), onde se encontram Laboratório de Informática e onde é ministrado esse famoso curso técnico. Ao lado da Área de PC, há uma sala que poucos conhecem, na qual acontecia o grupo extracurricular chamado CRAETE (Curso de Rádio-Amadorismo da ETE). Atualmente o curso não existe mais, devido a falta de recursos (e boa vontade) da direção e dos alunos.

Seguindo nosso trajeto, há um grande corredor com grandes janelas que liga uma parte do bloco à outra (mais precisamente o 2A ao 2B). Neste corredor, como em qualquer outro lugar da ETELG que tenha um espaço sobrando, há várias salas de aula. No fim deste corredor, há o Bloco 2B.

No Bloco 2B, atualmente fica a sala da diretora (Profª. Irene Scaranto Augusto Silva) e de suas assistentes. Há também a sala onde funciona a APM (Associação dos Pais e Mestres), o Laboratório de Química, as salas de aula em formato de auditório e a famosa sala dos professores, que tanto intriga os alunos sob o que acontece por trás daquelas portas.

No andar de baixo (o térreo do Bloco 2B) há um grande pavilhão onde os alunos passam suas horas de folga a descansar ou fazer trabalho, mas tudo no maior silêncio possível, pois tal pavilhão é rodeado de salas de aula, que também são em formato de auditório. Mesclado com tais salas de aula, também se encontram alguns laboratórios de física e informática. Na estrada do bloco, há também uma sala de coordenação, na qual vários funcionários trabalham, mas o que eles tanto fazem ainda é mistério para muitos alunos.

 

 

3.4 – Bloco 3

 

 

Neste Bloco se encontram a maior parte das disciplinas humanas dos cursos oferecidos. Como exemplo temos as aulas de Língua e Literatura, Arte, História, Geografia, Ação e Cidadania e tantas outras.

Este Bloco, assim como alguns outros, é formado por um pavilhão de salas à esquerda e um grande galpão à direita. Neste Bloco, tal galpão fora transformado em grandes quadras poli esportivas, conhecidas pelos alunos como “Internas” (em relação às outras quadras que ficam no exterior dos blocos, conhecidas como “Externas”).

Ao entrar no bloco, a primeira sala que vemos à esquerda é a famosa “Sala da Ângela”, que é a sala de uma das personagens mais cativantes desta escola, que atualmente atua com suporte aos alunos, e mantém uma sala utilizada por muitos, onde se encontram mesas de xadrez e damas, e também qualquer outro jogo ou atividade que os alunos se proponham a fazer (exceto o jogo de baralho que é expressamente “proibido” no território da escola).

Ao fim do bloco, atua o Refeitório, que atualmente serve refeições a centenas de alunos.

Funcionavam também nesse bloco alguns grupos de alunos, como a ABS - Associação Bíblica Secundarista, onde alunos cristãos podiam se reunir para "discutir a Bíblia", a qual foi fechada em 1996, aproximadamente, quando a diretoria precisou de mais espaço para salas de aula. Havia também o COPERETE (Cooperativa da ETE), onde os alunos compravam materiais escolares e as famosas malas verdes, que se orgulhavam de carregar por possuir o logotipo e cores da ETE Lauro Gomes.

 

           

3.5 – Bloco 4

 

 

O Bloco 4 é o bloco das matérias exatas, como Física, Matemática e tantas outras matérias que os cursos técnicos têm neste ramo.

Neste bloco há grandes oficinas dos cursos de Mecânica e Mecatrônica, com um extenso pátio maquinário, que atualmente encontram-se em um estado de conservação relativamente ruim, além de serem muito velhas, mas mesmo assim ainda são usadas.

O prédio abriga o curso de Mecânica (MC), o curso mais antigo da escola.

 

 

3.6 – Bloco 5

 

 

Bloco de matérias também exatas, que antigamente era o “abrigo” dos estudantes de Eletrônica (EN). Conta-se que era lá que ocorriam as maiores brigas entre os estudantes de Mecânica (MC) e Eletrônica.

Da mesma forma que o Bloco 4 possuía uma oficina de Mecânica, neste bloco ficava o oficina de Eletrônica e os laboratórios de Eletrônica e Eletro-Eletrônica (TN). Antigamente também abrigava o "Clube de Xadrez" da ETE, depois dele sair do Bloco Central. Foi desativado aproximadamente em 1994.

Atualmente, tal bloco está sendo pouco usado, e está sendo preparado para uma “reforma”, e depois desta será utilizado como salas para a FATEC (Faculdade de Tecnologia), deixando de abrigar os cursos técnicos da ETE.

 

 

 

 

 

 

 

3.7 – Bloco 6

 

 

Neste prédio encontravam-se a lanchonete, as salas de vídeo, e a biblioteca Elzio D'Arienzo (dentro da biblioteca, havia uma área conhecida como "bitolódromo", onde havia mesas individuais de estudo, com divisórias altas).

Também era onde ficava a sala de ginástica, que quase nunca era utilizada. Era tão pouco usada que deu lugar à CooperETE por volta de 1995, e também tinha uma sala de "Xerox".

Mas tudo isso é passado para este bloco. Assim como acontecerá em breve com o Bloco 5, este bloco atualmente pertence à FATEC, não sendo usada mais por alunos da ETE. Ao menos isso trouxe algo de bom para este bloco: foi totalmente reformado e encontra-se em ótimo estado de conservação.

 

 

3.8 – Bloco Central

 

 

Este bloco tem uma estrutura engraçada : na realidade ele é uma casa, na qual foram adaptadas para servir algumas necessidades da escola. Como por exemplo, é nele que se encontra a Sala do Grêmio Estudantil (atualmente sem uso), além da Sala de Chaves da ETELG, uma sala onde estão guardadas (e muito bem) pelos vigias TODAS as chaves da escola. Há também algumas salas de suporte aos alunos e à direção, mas com toda a certeza a atração principal desse bloco é a sua parte de fora, na qual se encontra um belo quintal com árvores e bancos, nos quais diariamente alunos se encontram para conversar e se distrair nos tempos “livres”.

 

 

3.9 – Externas

 

 

            Quem nunca ouviu falar nas famosas externas? Um conjunto de quadras localizado na parte externa dos blocos (daí o nome), onde os alunos da ETE “Lauro Gomes” se reúnem para conversar, jogar, brincar, beber,namorar, ficar sem fazer nada, são alguns poucos exemplos do que os eteanos fazem nesse lugar simples, mas igualmente espetacular.

            Composta por uma quadra de basquete, uma de vôlei e uma de futebol, as externas agradam a todos os esportistas e aqueles que não são chegados muito ao esporte as externas também possui um lugar para eles um espaçoso gramado onde eles podem deitar e esperar o tempo passar, por exemplo. É um lugar muito arborizado, o que o torna fresco na maioria dos dias. Por ser muito aberto, nos dias quentes, o sol bate com toda a intensidade. Porém, em dias frios, venta muito o que dá a impressão de ser mais gelado que o resto da escola. Também está sujeito a chuvas, fenômeno normal na cidade onde reside a escola.

            As Externas são consideradas por muitos alunos como o melhor lugar da ETE, claro que nem todos os alunos compartilham desse mesmo pensamento, muitos preferem o campão, o gramado da ETE e até mesmo o bloco 2 B para passar seu tempo livre, que são lugares igualmente bons e prazerosos.

 

 

3.9.1 - Curiosidades

           

 

            Brigas, jogos, brincadeiras, histórias... as externas possuem muito. Possuem também curiosidades infinitas como, por exemplo, um churrasco realizado no ano de 1999, mais é claro que não pára por aí, há boatos de sexo, drogas e muito mais tenha rolado nas Externas.

            Você sabe quanto mede as externas? Pois bem, por incrível que pareça as externas possuem 2560 m2! O que acompanha toda a grandiosidade da escola. As externas nem sempre foram desse assim como está hoje, mas de qualquer forma as Externas são, foram e sempre serão um dos melhor lugares da ETE “Lauro Gomes”.

 

 

3.10 -  Outros

 

 

3.10.1 – Refeitório

 

 

O refeitório, situado no Bloco 2A, é um dos locais da ETE que mais tem histórias para contar. Antigamente era conhecido como “Refeitroço”, devido à qualidade da comida servida, que era distribuída em bandejas de alumínio, nas quais eram servidos os famosos “Bifes 007” (duro, frio, com nervos de aço e permissão para matar), as “Saladas Disneylândia” e as sobremesas de creme de abacate, que segundo alguns, pareciam emitir luz própria.

Mas hoje em dia a situação está muito melhor. Com a comida sendo cobrada por quilo, cada um escolhe o que e quanto comer, além de ser de ótima qualidade as refeições oferecidas. O refeitório da escola fornece 600 refeições diárias aos seus  alunos, perfazendo um total de 5.400 quilos de alimentos a cada 30 dias.

Mas para aqueles que preferem uma comida de casa, há também dois  enormes marmiteiros, local onde os alunos põem suas refeições trazidas de casa para esquentar em banho na água quente.

 

 

3.10.2 – Sala da Ângela

 

 

Essa sala é um dos lugares mais conhecidos da escola toda. É a sala de uma das personagens mais simpáticas e agradáveis da ETELG, que atualmente atua na área de suporte aos alunos. Nesta sala se encontram mesas de xadrez e damas, para quem quiser jogar treinar ou competir num dos campeonatos internos. Além do que também serve de apoio para qualquer aluno com algum tipo de problema escolar.

 

 

 

 

 

 

3.10.3 – Caixa d’Água

 

 

É a caixa d´água que alimenta a água de toda a escola. Situada nos fundos da escola, ao lado do famoso galinheiro e do “campão”, é um local de muitas histórias envolvendo alunos em atividades ilícitas no âmbito escolar. Os números impressionam, pois tal local é formado por duas grandes construções que são interligadas, armazenado um total de 3.800.000 litros de água.

 

3.10.4 – Campão

 

 

O conhecido “Campão” fora por muito tempo um dos locais mais freqüentados da ETE, mas hoje em dia se encontra fora de condições para qualquer tipo de atividades.

Era um grande campo de futebol no qual eram realizadas grandes competições internas entre os cursos técnicos, nos quais aconteciam muitas brigas e confusões que os estudantes da época se lembram bem.

 

 

3.10.5 – Galinheiro

 

 

É um dos lugares mais curiosos da escola. Compreende uma área de plantação, uma construção um tanto quanto inusitada e várias galinhas, que frequentemente se espalham pelo “campão”, assustando os alunos que delas têm medo. È ministrada pelos caseiros e outros funcionários da escola.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

4 – CURIOSIDADES

 

 

Aqui contaremos um pouco mais de algumas curiosidades da escola, assim como crônicas feitas por alunos e fatos curiosos, principalmente para os novatos na escola (primeiro-anistas, bixos, bixetes, etc...).

 

 

4.1 – Crônica

 

 

“ETE x Hogwarts

 

            Diante da febre que é hoje Harry Potter é inevitável que nós eteanos façamos uma comparação entre a nossa querida escola com Hogwarts, a escola dos bruxos.

            Para começar ambas as escolas ficam em cima de um morro, mostrando toda a sua imponência e majestade. Enquanto Hogwarts era apenas um imenso castelo cheio de bruxos, a ETE é composta por sete grandes blocos, lotados de bixos, como são chamados os alunos do primeiro ano, semi-veteranos, os alunos do segundo ano, e por último os veteranos.

            Seria impossível um aluno de Hogwarts conhecer todos os segredos que sua escola guarda, assim como na ETE, que possui portas que parecem que nunca foram abertas, ah se eu tivesse uma varinha mágica, era apenas dizer alohomora e todas as portas se abririam e assim descobrirei todos os seus mistérios, ou será que não?

            No entanto entrar na ETE é muito mais difícil do que entrar em Hogwarts,. Afinal na ETE há o vestibulinho, e apenas sabemos que passamos quando vemos nossos nomes na temida “Lista de Classificação”, já em Hogwarts eles recebem uma carta dizendo que haviam ingressado na escola de bruxos.

            Para ir à Hogwarts no início do ano letivo os aprendizes a bruxos pegam o famoso Expresso de Hogwarts na plataforma 9 ¾ e como não podia ser diferente a ETE também tem uma espécie de “Expresso da ETE”, que é a linha da trolebus 284M, que leva todo o dia centenas de eteanos.

            Em Hogwarts os alunos novatos são recebidos muito bem na Cerimônia de Abertura do Ano Letivo, já em nossa querida escola os novatos, bixos, são recebidos com os famosos e tenebrosos: trotes! E desde cedo os bixos já aprendem a se defender, afinal nunca sabemos quando vamos encontrar um comensal da morte!

            E assim como Hogwarts, a ETE é uma escola bem diferente das normais. Afinal em ambas as escolas são os alunos que mudam de sala e não os professores como ocorre na maioria das escolas trouxas.

            Na ETE não tem dormitórios, mas tem o seu Salão Principal onde todo mundo almoça, o refeitório do bloco 3. Já aqueles que preferem comer besteiras a Dedosdemel estava sempre aberta aos bruxinhos, e a Lixo, lanchonete, aos eteanos.

            Em seu tempo livre os eteanos adoram ir às externas para jogar, conversar e ficar sem fazer nada, já nossos amigos bruxos adoram passar a tarde inteira perto do lago de Hogwarts onde aproveitam para relaxar. E que eteano nunca ouviu falar no bloco 7? Um bar fora dos terrenos da escola que alguns eteanos adoram freqüentar... e o Três Vassouras  então! Mais famoso ainda que o nosso bloco 7, quem nunca quis experimentar aquelas cervejas amanteigadas que Harry e companhia sempre bebem.

            Em se tratando de liberdade a ETE não se parece em nada com Azkaban, a prisão dos bruxos, muito pelo contrario está bem longe disso! Mas assim como Hogwarts a ETE também tem a sua “Floresta Proibida” um terreno vazio atrás do bloco 2 aonde ficava o antigo bloco esqueleto.  Mas nem em Hogwarts nem na ETE tudo são flores. Enquanto nós prestamos novamente o vestibulinho para começar a  fazer um curso técnico os alunos de Hogwarts prestam os NOMs (Níveis Ordinários de Magia), que são provas igualmente difíceis e concorridas. E para os alunos dos últimos anos temos os NIEMs (Níveis Incrivelmente Exaustivos de Magia), para os bruxos e o temido Vestibular, para os eteanos. E o que seria de uma escola sem seus funcionários? Tanto na vida real quanto na ficção há personagens que é inevitável uma comparação.  Professores excêntricos, como Sibila Tranelaw, grande professora de adivinhações, Severo Snape com suas poções (isso te lembra algo? LI talvez?) não poderiam ser esquecidos. Mas além desses, há os funcionários mais semelhantes ainda. Nosso honrável zelador, nada mais parecido com o Sr. Flinch, com seu infindável trabalho de manter a escola em ordem, além de nossos clássicos diretores, que assim como em Hogwarts têm tido muito trabalho para assegurar que seus alunos tenham uma escola que sempre quiseram (ou não?).

            Além disso, o que seriam das provas sem as Penas Anti-Cola, mais conhecidas aqui como Gabaritos Circulares, utilizados em algumas disciplinas? Se for possível colar em testes com este gabarito, não há mais barreiras ultrapassar!

            Brincadeiras à parte, é inevitável tal comparação, visto que as temidas Penas Anti-Cola servem exatamente para o que os professores tanto tentam impedir mas dificilmente conseguem, e tentam com gabaritos em que as respostas são assinaladas em forma de círculo, afim de impedir que alunos “troquem” respostas.

E ainda há muitas outras semelhanças, entre as escolas, mas uma coisa pode dizer, mesmo com tantas semelhanças cada uma é especial do seu modo. Finite Incantatem.”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

4.2 – Manual do Bixo

 

 

4.2.1 – A Recepção

 

                                            

A recepção é um ato criado para poder introduzir os novos alunos chamados “BIXOS” a nova sociedade dentro da ETE Lauro Gomes, os chamados veteranos (alunos das 3ªs séries) e os semi-veteranos (alunos das 2ªs séries) apresentam a escola, explicam como são os professores, as regras da escola, os horários, etc. Mas por trás dessa gentileza toda, levam um desejo de aplicar um trote nos pobres bixos (alunos recém inclusos na ETE, ou seja, das 1ªs séries).

Nos três primeiros dias (tempo que dura a recepção), fazem brincadeiras leves, tudo muito leve, mas a partir daí começa o desespero dos bichos.

 

-         Como ser um bixo.

O lema básico do bixo é andar sempre em grupo, pois assim é mais difícil de ser “pego” nos trotes, mas se um veterano “pega” um pobre bixo sozinho, desconta o que foi feito com ele anteriormente.

Os trotes variam dos mais leves como copiar horários, pagar alguns micos, etc., coisas sadias, sem nenhuma maldade, mas alguns veteranos maus gostam de fazer trotes mais fortes como: bomba gay, bixocross, cuecão, entre outros, extremamente desagradáveis.

Um conselho muito bom, se te aplicarem um trote que for imoral ou violento, saia fora e se ficarem te pressionando, procure alguém da direção ou coordenação para te ajudar.

 

                                                                                                                                                  

4.2.2 - A ETE - Sala por sala

 

Aqui vai um guia útil com as principais salas de aula e, alguns lugares importantes.

 

BLOCO 2

 

Térreo: secretaria
Terreo2: biblioteca, laboratórios de física(202/203)e biologia(209),sala de matemática(270)e laboratório multidisciplinar(204)

1º andar: sala de matemática/química (251), sala de processamento de dados (265).

 

 

BLOCO 3

Térreo: sala de inglês(303.2), quadra interna(314), restaurante(306), 1º andar:sala de literatura(353), historia(357), geografia(358) e artes(354) 

 

 

 

BLOCO 4

Térreo: equipamentos utilizados para o ensino técnico

1º andar: sala de física (456)

 

 

BLOCO 5

Térreo e 1º andar: espaço não utilizado com freqüência

 

 

BLOCO 6

Térreo: lanchonete (601/602), gráfica (606), e salas que não são utilizadas com freqüência.

1º andar: FATEC

 

 

4.2.3 - Mandamentos do Bixo

 

 

1º - Receberás ordens de veteranos e ficarás quieto;

 

2º - Enquanto fores bixo não terá voz sobre um veterano;

 

3º - Cederás lugar na lanchonete aos seus novos “amigos” veteranos;

 

4º - Para um veterano tu serás sempre “bixo”;

 

5º - Deixarás seus “amigos” veteranos “serrarem” seu lanche;

 

6º - Andarás sempre em “bando” (pessoas andam em grupo, bixos não);

 

7º - Não faças nada que seja ridículo na frente de veteranos (não dê motivos para trotes);

 

8º - Ajudarás sempre um amigo quando este estiver sendo “trotado”;

 

9º - Por mais inteligente que sejas sempre tirarás pelo menos um “R”;

 

10º - Não fique feliz ao passar para a 2ª.série, pois será um semi-veterano.

 

 

 

 

 

 

 

4.2.4 - Tipos de Trotes

 

 

1º: ”Bomba gay”

É consistido pelo fato de você contar até dez e depois pular dando gritinhos histéricos.

 

2º : Dançar ciranda-cirandinha

Dançar aquela velha cantiga de ninar com alguém que estiver com você.

 

3º: Copiar horários

Consiste em copiar horários para os veteranos que pedirem(independente da quantidade de veteranos que pedirem).

 

4º: Cortar grama

Como o próprio nome diz, é só cortar a grama com uma tesoura cega e, sem ponta.

 

5º: Rosto pintado

Ás vezes alguns veteranos pintam os rostos dos bixos, mas este trote é considerado meio que “malvado”.

 

6º: Bateria no mictório

Era um trote em que se colocava uma bateria de carro ligada no mictório fazendo com que o bixo no momento de urinar tomem uma descarga de energia elétrica. É um trote divertido( se não for aplicado em você) mas com um certo requinte de crueldade e que é muito raro.

 

7º: Masturbar postes

Consiste em fazer com que o bixo faça movimento de vai-e-vem com as mãos num objeto grosso, roliço, comprido e parecido com um........... Não vamos entrar em detalhes.

 

8º: Soprar barquinhos

É um trote em que você sopra um barquinho de papel sobre uma poça d`água.

 

9º: Chamar as “Tartarugas Ninjas”

Você coloca o seu rosto, cara, face, ou focinho num bueiro e grita chamando as tartarugas.

                                                          

10º: Surf de privada                        

O certo aluno novo deve ficar sobre um vaso sanitário (com a tampa aberta ou fechada como preferir) fazendo movimentos como se estivesse surfando.

 

Tempo de duração dos trotes: do início das aulas até quando Deus quiser, ou melhor, até quando os VETERANOS QUISEREM.

 

 

 

 

 

4.3 – ETE em números:

 

 

            Todos sabemos que a ETE “Lauro Gomes” é a maior ETE do estado de São Paulo, também não é pra pouco com os seus 155.000 m2 de área e 24.853m2 de área construída. A ETE esconde muitos segredos.E  agora nós vamos desvendar alguns, apenas alguns a vocês.

 

A ETE têm aproximadamente 34 escadas e 682 degraus.

 

A Biblioteca Élzio D’Arienzo tem em seu acervo cerca de 10.771 livros, 4.520 periódicos e 21 catálogos e folhetos técnicos. Não podemos esquecer também de suas 72 cadeiras que sempre ficam lotadas de alunos. E também de suas visitas diárias que chegam a 750 pessoas!

 

O bloco 3 (o bloco mais movimentado da escola) conta com 150 lâmpadas, 480 cadeiras e 546 quadradinhos completam a decoração externa do bloco.

 

Você nunca se perguntou por que a ETE é verde? Pois bem nossa querida ETE possui essa cor pois recebeu uma doação de latas de tintas verdes.

 

A Caixa d’água da ETE não podia ficar de fora dessas curiosidades você sabia que ela possui a capacidade de armazenar 3.800.000 litros?

 

A ETE também pode se orgulhar do seu vasto estacionamento que conta com 187 vagas para carro, sendo 2 para portadores de necessidades especiais, 9 de motos e 22 vagas para bicicletas.

 

Em toda a extensão da ETE você conseguira encontrar cerca de 75 bancos, 26 salas de aulas, 18 laboratórios, aproximadamente 33 boxes de banheiros, 36 pilares que dão sustentação aos blocos, 10 bebedouros e 24 painéis .

 

Não poderíamos deixar de falar do refeitório que com seus 180 lugares, que serve em média 800 refeições diárias!

 

E as quadras internas então, talvez você nunca tenha reparado mais no teto das internas há 6 bolas! E vocês sabiam também que antigamente havia nas internas um placar eletrônico? ?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

5 – CURSOS

 

           

A Escola Técnica Estadual Lauro Gomes sempre foi símbolo de qualidade de ensino e de divergências educacionais, comparando-a com as outras escolas públicas da região. Tal diferença se dá devido à sua história (ver cap. 1 - História), e mais atualmente, devido a um convênio com o Centro Paula Souza de Ensino.

E dentro desse parâmetro de escola de qualidade, sempre foram oferecidos Cursos Técnicos juntamente com o Ensino Médio, que tinham duração de 4 anos. Atualmente, estes dois cursos são separados, sendo que o Ensino Médio funciona na parte da manhã e os Cursos Técnicos à tarde. Logo, um estudante pode cursar o Ensino Médio sem necessariamente fazer o técnico e vice e versa.

 

 

5.1 – Ensino Médio

 

 

Atualmente, o Ensino Médio é aberto a qualquer estudante que cursa a 8ª série e queira ingressar na escola. A prova de admissão dos alunos é ministrada pelo Centro Paula Souza e compreende 50 questões de múltipla escolha, na qual a média de candidatos é de aproximadamente 13 candidatos por vaga.

As matérias ministradas no curso são as básicas, como Língua e Literatura, Matemática, História, Geografia, Química, Física, Biologia, e algumas internas da escola, como Ação e Cidadania, por exemplo.

 

 

5.2 – Cursos Técnicos

 

 

Quando a ETI ainda era sustentada pelas indústrias oferecia um número menor de cursos técnicos são eles: Processamento de dados (PD), Mecânica (MC), Eletrônica (EN). Eram cursados 4 anos, sendo os três mesclando ensino médio com ensino técnico no fim do terceiro ano o aluno estava aprimorando  matérias que hoje são ensinadas em faculdades.

Hoje a ETE sustentada pelo governo oferece um numero maior de cursos, como mecatrônica, administração, secretariado, eletroeletrônica, automação industrial,etc. A prova de admissão para o Curso Técnico atualmente é a mesma para o Ensino Médio, mas varia a quantia de candidatos/vaga e o número de vagas propriamente dito para cada curso. Eis a lista de cursos oferecidos atualmente (lembrando que todos são gratuitos):

 

 

 5.2.1 – Administração

 

 

Coordenador: Prof. ALDO LUTI

Sigla ou apelido: ADM

Qualificações profissionais:

1º módulo: Auxiliar Administrativo

2º módulo: Auxiliar Financeiro

3º módulo: Técnico em Administração

Área de atuação no mercado: Indústrias, comércio e serviços.

Total geral de hora: 1500

 

 

5.2.2 - Automação Industrial  

 

 

Coordenador: Eng.ª Tera Miho Shiozaki Parede.

Qualificações profissionais:

1º módulo: Montador e Instalador de Sistemas Eletrônicos

2º módulo: Operador e Reparador de Circuitos Automatizados

1º + 2º + 3º módulo: Técnico em Automação Industrial

Área de atuação no mercado: Indústrias

Total geral de hora: 1500

 

 

5.2.3 - Eletrônica

 

 

Coordenador: Eng.ª Tera Miho Shiozaki Parede.

Qualificações profissionais:

1º módulo: Certifica o aluno como Instalador Eletrônico

2º módulo: Certifica o aluno como Auxiliar Técnico

3º módulo: Certifica o aluno como Técnico em Eletrônica

Área de atuação no mercado: Indústrias

Total geral de hora: 1500

 

 

5.2.4 – Informática

 

 

Coordenador: Prof. ALDO LUTI

Sigla ou apelido: PD

Qualificações profissionais:

1º módulo: Auxiliar de Informática

2º módulo: Programador de Computadores

3º módulo: Técnico em Informática

Área de atuação no mercado: Indústrias em geral, estabelecimentos comercias, órgãos públicos municipais, estaduais e federais

Total geral de hora: 1500

 

 

 

 

 

 

5.2.5 - Laboratorista Industrial

 

 

Coordenador: Prof. Gilberto Colognesi

Sigla ou apelido: LI

Qualificações profissionais:

1º módulo: Auxiliar de Laboratório

2º módulo: Auxiliar de Análises de Materiais

3º módulo: Técnico em Laboratorista Industrial

Área de atuação no mercado: Indústrias químicas e metalúrgicas.

Total geral de hora: 1500

 

 

5.2.6 – Mecatrônica

 

 

Coordenador: Prof. Roberval Rodrigues

Sigla ou apelido: Meca

Qualificações profissionais:

1º módulo: Assistente Industrial

2º módulo: Assistente em Montagem de Sistemas

Área de atuação no mercado: Indústrias em geral.

Total geral de hora: 1500

 

 

5.2.7 – Eletro-Eletrônica

 

 

Coordenador:  Eng.ª Tera Miho Shiozaki Parede

1º módulo: Certifica o aluno como Instalador Elétrico Residencial

2º módulo: Certifica o aluno como Auxiliar Técnico em eletroeletrônica

3º módulo: Certifica o aluno como Técnico em Eletroeletrônica

Objetivos da habilitação: Formar profissionais capazes de atuar no planejamento, execução e controle das aplicações de sistemas eletro-eletrônicos e nos processos de instalação, manutenção e produção industrial. Oferecer aos alunos oportunidades para a construção de competências profissionais integradas ao mundo do trabalho, à ciência e à tecnologia.

 

 

5.2.8 – Logística

 

 

Coordenador do Curso: Prof. Aldo Luti.

Qualificações Profissionais: Identifica, diagnostica e resolve problemas nas áreas de administração, qualidade, contabilidade, transporte, movimentação de materiais, comércio exterior, gestão, informática e automação.
Apresenta sugestões e cria pequenos projetos que melhoram a atuação do profissional do Setor Terciário.

1º módulo: Auxiliar de Administração de Materiais

2º módulo: Auxiliar de Planejamento e Controle de Produção

3º módulo: Técnico em Logística

Mercado de Trabalho: Indústrias, comércio e empresas de consultoria.

5.2.9 – Secretariado

 

 

Coordenador do Curso: Prof Aldo Luti

Qualificações Profissionais: Executa serviços típicos de escritório tais como: recepção, organização, registros de compromissos, informações, atendimento telefônico, assessoria de reuniões etc.

1º módulo: Arquivista

2º módulo: Auxiliar de Eventos

3º módulo: Técnico em Secretariado

Mercado de Trabalho: Empresas comerciais, indústriais e bancárias, escritórios de profissionais liberais, empresas e órgãos públicos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

6 – CONCLUSÃO

 

 

 

Depois de tanto trabalho podemos dizer, com mais certeza do que nunca, que realmente temos orgulho de sermos alunos da Escola Técnica Estadual “Lauro Gomes”. Um ambiente marcado pelo compromisso de todos que leva cada vez mais ao sucesso de tudo o que é aceito como um novo desafio.

Fazer esta monografia foi muito gratificante, com certeza aprendemos muito e possuímos esta mesma certeza de que grandes momentos ficarão guardados até o final de nossas vidas em nossa memória.

Tivemos a oportunidade ímpar de conhecermos pessoalmente pessoas que fizeram a diferença para a história da nossa escola, o Élzio D’Arienzo é apenas um dentre vários que podemos citar...

Divertimo-nos muito ao ouvir as intermináveis histórias de ex-alunos que nos contaram coisas que marcaram as suas trajetórias na ETE-LG.

Seguimos muitas vezes orientações de um cartaz que há na escola, onde possui a inscrição: “Muitas vezes é preciso se fazer além do que é certo  para se defender o que é direito”, e com isto conseguimos um maior êxito para o nosso trabalho.

Por fim, esperamos ter colaborado com os discentes desta escola e que estes saibam valorizar e lutar pelo que é deles.

 

 

 

Um grande abraço,

Equipe da monografia “ETE-LG, uma história...”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

7 – Bibliografia

 

 

            - Sites:  www.etelg.com.br

                           www.etelg.hpg.ig.com.br

                           www.google.com.br

                           www.orkut.com

                       

 

            - Livros:  A História de Lauro Gomes

                            Jovens Mortos – O despertar de uma geração (Anexo)

                            Acervo da Biblioteca Élzio D´Arienzo

           

 

- Campo: Entrevistas, dados armazenados, entre outros.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

8 – Anexos

 

            - Anexo 1 – Livro “Jovens Mortos – O despertar de uma geração”

                                  Autor – Ricardo Criez (ex-aluno da ETELG)

 

Foto 1 – Vista via Satélite da ETE Lauro Gomes

 

 

Foto 2 - Quadras Externas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto 3 – Bloco Central

 

 

 

 

 

 

Foto 4 – Blocos 4 e 5

 

 

 

 

 

 

Foto 5 – Esqueleto

Foto 6 - Primeiro jornal da ETE – pp.1

 

 

 

 

Foto 7 – Primeiro jornal da ETE – pp. 2

 

 

Foto 8 – Primeiro jornal da ETE – pp. 03